domingo, 6 de setembro de 2009

PRIMEIRO ENCONTRO ESTAGIARIOS-PROFESSORES DO CAIC


                                               

Quinta-feira dia 03 de setembro teve nosso primeiro contato com os professores regentes que irão nos ajudar nesse período de estágio em Ensino Fundamental no CAIC. A reunião contou com a participação dos professores da instituição, com a nossa professora Socorro, com a coordenadora, com a gestora e com a nossa presença, é claro! Fomos muito bem recebidas por todos. Foi um momento de suma importância para o decorrer do estagio, pois nos possibilitou conhecer um pouco do funcionamento da escola, horário de chegada e saída dos alunos, horário do intervalo, em que sala iremos ficar, qual o projeto que a escola deseja que trabalhemos, conhecemos um pouco sobre o comportamento dos alunos ( tudo isso só uma prévia do que só poderemos saber mais bem de pertinhobemcoladinhoscomaturminha!rsrsrs) De mais bacana que foi martelado na reunião foi que estaremos lá para aprender com todos os atores envolvido: aluno, professor, porteiro, coordenadora...

sábado, 5 de setembro de 2009

UM POUQUINHO DA MINHA HISTÓRIA...



PRIMEIRA PÁGINA: UMA INFÂNCIA FELIZ!!

Infância é um termo lindo de se ouvir, principalmente quando temos boas lembranças para recordar. Digo com propriedade que tive uma infância feliz. Sou filha de uma costureira com um agricultor. Quando tinha um ano e meio por aí meus pais se separaram e eu que sou natural de Ipiaú vim com a minha mãe morar aqui em Jequié, na casa de um tio. Sozinha, minha mãe me criou com muita dificuldade, trabalhou duro para que nada me faltasse. Ela é minha referencia de família. Mulher forte, guerreira, sempre desempenhou bem o papel de mãe e de pai. O que sou hoje como mulher, esposa, amiga e pedagoga (rsrsrsr) devo a esta heroína( Te amo mãe!).

Pois bem, voltando à infância.... Recordo-me de muitas brincadeiras: de pique - esconde; sete pedras; melancia; ah... Brincava também de amarelinha com casca de banana; de boca de forno; queimada; de roda; de balanço na árvore; de elástico na escola; mas de boneca era a minha brincadeira favorita. Nossa, que faxina fiz na mente agora para lembrar de tantas brincadeiras, cada uma mais divertida que outra. Acredito que a brincadeira contribui para o processo de socialização, além de ter efeitos positivos para o processo de aprendizagem e aquisição de novos conhecimentos. Marta Kohl diz que “O que na vida real é natural e passa despercebido, na brincadeira torna-se regra e contribui pra que a criança entenda o universo particular dos diversos papeis que desempenha.” Concordo em gênero, número e grau com ela, pois é brincando que a criança evolui. Por ter vivido esta fase na infância, contribuiu e muito para minha desenvoltura no primeiro estágio em Educação Infantil, pois resgatei o meu lado criança e foi muito bom!

SEGUNDA PÁGINA: PRIMEIROS PASSOS RUMO A ESCOLA.

Lembro-me das amizades feitas, algumas conservo até hoje. E finalmente o período da escola, onde um novo mundo se abriu para mim. Já com cinco anos de idade fui matriculada em uma escolinha particular chamada Aloísio de Castro. Lembro-me com clareza desse momento, da minha lancheira dos ursinhos carinhos, minha fardinha, dos meus cachinhos todo arrumadinho para ir para escola, e da minha primeira professora. Ela se chamava Jussi( minha xará), nesse tempo agente a chamava de tia Jussi. Era uma boa professora, atenciosa, meiga e dedicada aos seus alunos. As atividades aplicadas por ela eram quase sempre de pontilhar, e de pintar. Nessa mesma escola corria a fama de que os alunos mal comportados, ou que não acertavam a tabuada eram castigados pela diretora com uma palmatória. Graças a Deus eu era uma aluna comportada e me livrei dessa.

Segundo Skinner esse tipo de punição usada para eliminar um comportamento com o passar do tempo, ao contrário de um reforço, a punição atuará como desvantagem tanto para o organismo punido quanto para o agente punidor. A punição parece suprimir respostas só temporariamente, isto é, não resolvem problemas. Eu e as outras crianças tínhamos medo dela e não respeito, felizmente a professora da pré-escola era diferente. Acho que foi mais pela fama da diretora que minha mãe no ano seguinte me matriculou em uma outra escola para ser alfabetizada. Recordo que tive certa resistência ao mudar de professora. Acho que é por isso que não consigo lembrar do nome da professora da Alfa. Mas sei que ela utilizava com a turma o método sintético segundo o processo fônico, onde primeiro ouvíamos o som das letras, depois a representação gráfica, as silabas, em seguida as palavras e só depois o texto, utilizava também das cartilhas e ditado de palavras. E quase sempre as palavras não faziam sentido para mim, não eram significativas, eram fora da minha realidade. Para Ausubel, a aprendizagem se torna significativa quando o conteúdo a ser aprendido pelo aluno se relaciona com o que ele já sabe, ou seja, com que ele possui na sua estrutura cognitiva. Não basta que o professor introduza seus conhecimentos, como se fosse o melhor para os alunos, de maneira que estes dificilmente, possam desenvolver sua autonomia. E foi assim que aos poucos comecei a ler, queria ler tudo ao meu redor. Quando saía com minha mãe não perdia a oportunidade de ler os letreiros das lojas, padarias, salão de beleza etc.

Já da 1ª a 4ª série estudei em uma escola pública chamada Alto da Coelba, onde tive bons professores e estagiarias. Lembro que a professora Jadir pegava no meu pé para que fizesse caligrafia. Na 4ª série, já quase no final da quarta unidade tive que ir embora para Brasília. Minha mãe ficou desempregada e precisava trabalhar, ela foi antes e depois que fiz as ultimas provas, ela mandou me buscar, eu já tinha 11 anos de idade nessa época. No ano seguinte em 1994, fui matriculada em uma escola Parque na Asa Sul de Brasília, onde comecei a fazer a 5ª série. Momento de transição em minha vida, muitas coisas novas acontecendo ao mesmo tempo: mudança de cidade, de colégio, de casa, de amizade... nossa minha cabeça ficou uma bagunça. E a 5ª série então, era tudo novo, vários professores, e logo eu que até então só tinha um por série. Comecei a tirar notas baixas em matemática, foi quando mudamos para outra cidade satélite do DF, chamada Guará I. Lá eu comecei fazer a II Unidade, no Centro Educacional 04 do Guará I, conheci professores maravilhosos, que me recordo com muito carinho. E o professor Jairo então... Ele acreditou em mim, na minha capacidade em superar obstáculos ( essa interação professor-aluno foi muito importante para mim.) pela primeira vez fui para uma recuperação e logo de que Matemática, meu bicho-papão. Ele como professor da disciplina deu-me total apoio. Chamou minha mãe na escola, disse que iria me ajudar e que eu não precisaria de aula de reforço. Fiz a recuperação e como ele havia dito tirei a nota máxima. Foi um momento muito gratificante para a minha aprendizagem, venci o medo da matemática. Comecei a me adaptar melhor ao ambiente, e em pouco tempo já tinha me enturmado com os colegas. Esse foi sem duvida o melhor ano que já passei em uma escola. (Tenho saudades das aulas de português com a pro Katy, de Ed.Fisíca, artes, da Feira de Ciências, dos colegas da sala... )

Mais uma vez tive que partir. Dessa vez de destino a Salvador, lá cursei a 6ª série na Escola Angelino Moreno. Outra escola que tenho saudades. Tive bons professores e outros nem tanto. As avaliações utilizadas por eles não levava o aluno a refletir, era na base da decoreba mesmo. Conforme Bloom, a avaliação da aprendizagem está intrinsecamente ligada à construção do conhecimento. Por isso, quando desligada do objetivo de formação de pessoas, tornar-se apenas um instrumento de caráter meramente classificatório.

Agora já de volta a Jequié, cursei no colégio Estadual Edvaldo Boa ventura da 7ª ao 3º ano do segundo grau, chamado cientifico. Magistério não era a minha praia, queria mesmo era prestar vestibular assim que terminasse o ensino médio. Meu sonho era ser pediatra, depois mudei para enfermeira, bióloga e por fim o que nunca tinha imaginado fazer, pedagogia. Mas essa escolha só veio depois que perdi no vestibular de enfermagem e de biologia. Essa relação com a pedagogia só surgiu quando comecei a trabalhar em uma Escola particular como monitora da turminha do maternal. Algumas colegas diziam: - Ju porque você não faz pedagogia, você tem todo perfil. Mas mesmos com os incentivos, não foi uma escolha assim muito fácil, dúvidas, inseguranças, medo, surgiram na minha mente: “será que é isso mesmo?” “estou fazendo a escolha certa?” “e se perder outra vez?” Apesar das incertezas fiz o vestibular, e vibrei com a tão sonhada aprovação, momento lindo, de grande alegria!

3ª PÁGINA: INICIO DA VIDA ACADÊMICA

Chega o dia da primeira aula, a ansiedade toma conta, o friozinho na barriga é inevitável, tudo é novo, tudo é bom. Primeiro semestre se segue e com ele a esperança de ter feito a escolha certa começa a surgir. Os semestres vão passando, nossa... alguns tão difíceis, teve momentos de grandes desilusões, alegrias, frustrações. E hoje estou aqui, já no último semestre, e digo que ao olhar para toda essa caminhada de sonhos, tristezas, felicidades e dificuldades, e muita aprendizagem, me fizeram perceber que valeu apena todo esse tempo. E as disciplinas estudadas até aqui, só me fizeram refletir sobre o meu papel dentro da sociedade, o comprometimento que devo ter com a Educação e principalmente com os atores envolvidos. Enriquecendo-me assim, tanto como profissional quanto como pessoa.

4ª PÁGINA: O TÃO ESPERADO ESTÁGIO

Desses momentos de aprendizado, o estágio supervisionado em Educação Infantil sem dúvida foi um dos mais marcantes. Esperava ansiosa por ele desde o inicio do curso, que por sinal acredito que deveria acontecer já nos primeiros semestres. A teoria deveria ser atrelada a prática. Como posso, falar, ouvir e não praticar? Como afirma FREIRE (1997; 43), “na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática”. Desse modo como poderei refletir criticamente sobre minha prática como regente se só no sétimo semestre e agora no oitava, assumi uma turma como tal? Ou ainda como enfrentar os desafios da turma de estágio? Como garantir uma qualidade nesse momento que terei que colocar em prática tudo o que foi aprendido teoricamente durante todos esses semestres?

Nesse estágio em Educação Infantil, assumimos como regentes uma turma com 23 alunos, na Escola Padre Antonio Molina, com faixa etária de 4 anos. Junto com a colega e grande amiga Mille passamos momentos de grandes aprendizagens. Demos continuidade à rotina da sala, acreditando que a rotina da sala de aula é uma prática educacional constituída de grande importância para a formação da criança como tão bem vimos no quinto semestre com a disciplina Educação Infantil. O desafio estava em nossas mãos, estávamos ali para ensinar e para aprender. Envolvemos-nos pra valer com as crianças, parecia que realmente a turma era nossa. E em pouco menos de um mês desenvolvemos um trabalho com as crianças que nos deixou saudades. Todas especiais, cada uma com uma peculiaridade. Passamos a conhecê-las, a saber, das suas qualidades e dificuldades e assim intervir da melhor forma possível. Mesmo com essas experiências do primeiro estágio, o friozinho na barriga do que vem pela frente assusta um pouco.

Mas estarei aberta para essa nova etapa de estágio em Ensino Fundamental que iremos realizar agora, pois mesmo que venham os obstáculos, as dificuldades, acredito que alcançaremos os nossos objetivos e as experiências que iremos trocar será demasiadamente gratificante. Para esse momento deixo a frase de Henfil como forma de reflexão: "Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente." É nessa expectativa que espero plantar sementinhas na vida de cada uma das crianças ali presentes e espero colegas blogueiras que para vocês também as expectativas sejam as melhores possíveis. Que Deus nos ajude!!!!rsrsrsrsrsr